Mais uma produção de Elvira Federici, sempre pensante. Italiana que vive em solo tropical há cerca de três anos.
É interessante perceber a assimilação cultural pela vivência no Brasil, exposta e manifestada em palavras. Um texto que pode-se chamar de estar em língua presente.
Quem sabe, se tivermos sorte esta noite vai haver um luar.
Um luar bonito para esclarecer idéias duvidosas e tornar inúteis todas as palavras
de gurus respeitáveis. Ao luar eu li os livros mais importantes para mim.
Gostava daquela luz meio fria que parecia passar para o outro lado da página.
As páginas ficavam tranlúcidas, as palavras surgiam de um claror feito leite de sabedoria.
Os olhos abertos demais, pois a luz não era feroz, ao luar a luz era palavra mesmo.
Os textos aqui postados foram gerados do processo criativo excitado pelo Márcio Abreu, que nos guiou por duas semanas em rumo à criação artística. (Mês de abril de 2010. Local: Fundação Cultural de Curitiba)
terça-feira, 29 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
Para o processo
Tenho cá minhas teorias "tortas" sobre escrever - e que ninguém me peça para explicar pois eu não saberia, mas creio que o que precisamos do outro, quando em processo de escrita, é justamente de estocadas que despertem um novo caminho de reflexão. Isso acontece quando colocamos nossas ideias, sobre a história e a trama, em pauta.
Eu jamais desprezo qualquer observação ou comentário, todos me oferecem alguma coisa, para o bem ou para o mal.
Eu jamais desprezo qualquer observação ou comentário, todos me oferecem alguma coisa, para o bem ou para o mal.
Mayra Coelho
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Viagem
Autopista, faixa contínua.
Faróis atropelam mariposas.
Árvores soturnas, lua nova.
Pios, urros, pássaros noturnos.
Postes e fios em perspectiva.
Curva em declive
Declives em curvas.
Árvores soturnas
Olhos noturnos.
Pneus assoviam
Pista em rodopios
Freios vazios.
Curva, olhos, uivos.
Precipício... Pneus rodam no ar.
Pedras, galhos, grilos.
Coruja alsa vôo.
Sangue quente e rubro
Brota na testa.
Na bochecha, tão linda!
O corte profundo,
Expõe os dentes.
Socorristas se apressam.
Faróis atropelam mariposas.
Árvores soturnas, lua nova.
Pios, urros, pássaros noturnos.
Postes e fios em perspectiva.
Curva em declive
Declives em curvas.
Árvores soturnas
Olhos noturnos.
Pneus assoviam
Pista em rodopios
Freios vazios.
Curva, olhos, uivos.
Precipício... Pneus rodam no ar.
Pedras, galhos, grilos.
Coruja alsa vôo.
Sangue quente e rubro
Brota na testa.
Na bochecha, tão linda!
O corte profundo,
Expõe os dentes.
Socorristas se apressam.
Stela Siebeneichler
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